Quando a Poesia se faz Primavera…
inunda os espaços, veste-os, transforma-os e não pede licença para nos levar pela mão ao longo das palavras.
No dia 21 de março, a nossa escola experienciou O Lugar, onde o onírico e o inaudito sempre estiveram em comunhão, quer pelas duas majestosas Magnólias Grandiflora, quer pela granítica e secular presença da escadaria... quando transformada,
transfigurou-se, e com ele.
Depois de um drink de boas-vindas inspirado na Primavera, inaugurou-se, então, o Jardim, o dos Poetas, o sítio da leitura, da declamação, da (re)interpretação e da representação de “Palavras Maiusculizadas”, ou seja, fundamentais para a
desconstrução e conhecimento das mensagens poéticas. Foi, igualmente, ao longo desta semana, um local de aulas, conversas e convívios, que são quase a mesma coisa.
Se algum “convidado” fosse destacado, Luís Vaz de Camões assume bem esse papel, como Padrão da Literatura Portuguesa; mereceu destaque pela homenagem que a Bolsa de Leitores lhe dedicou na leitura expressiva e dramatizada de alguns textos
figurativos do lirismo camoniano. Simultaneamente, na Sala Polivalente da EPIDH, no âmbito, ainda, da criação de elementos cénicos, a comunidade escolar expôs à leitura e descoberta a produção de textos poéticos de alunos, a par do Totem da Poesia, onde figuraram fotográfica e biograficamente alguns dos mais poetas relevantes do século XX – Maya Angelou, Cecília Meireles, Herberto Hélder, Vinicius de Moraes, Eugénio de Andrade e Daniel Faria.
Alguns dos nossos alunos ganharam vida na originalidade de quem teve a ousadia de se escrever, outros porque se atreveram a participar diante dos outros, mas todos, mesmo todos, ninguém poderia ser estanque a um programa sedutor e revelador,
porque só a Poesia pode ser senhora de silêncios e surpresas.
